
Uma trincheira entre o mar e os paralelepípedos
As apresentações são sempre de grandes dificuldades: pressupõem a mediação do outro sobre o objeto de forma escancarada, e com ele os juízos de valor, o gosto, a formação e a trajetória. Fica a encargo do outro, mostrar ou não, e quais e como são os cômodos da casa, o que vai pra debaixo do tapete e qual será o bibelô da mesinha de centro da sala.
AUTOR : Jonathan Constantino
Categoria : Poesia
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SOBRE AUTOR
Jonathan Constantino
Nascido em Mogi das Cruzes (SP), em setembro de 1986, Jonathan Constantino rascunhou seus primeiros versos em 1999. Perdidos todos nas gavetas e no tempo, desde 2000 mantem o esforco de registrar seus poemas e projetos de forma mais organizada.
Formado em Biologia, atualmente e professor da rede publica municipal de Sao Paulo (SP). Trabalhou na rede publica estadual e no Instituto Tecnico de Formacao, Pesquisa e Extensao em Agroecologia Laudenor de Souza, em Itabera (SP). Alem da licenciatura, ja atuou como educador popular do CDHEP, no Capao Redondo, zona sul da capital paulistana, e na assistencia social de Suzano (SP), cidade onde viveu quase toda sua vida.
Tanto sua formacao academica e politica, quanto suas experiências profissionais sao veios minerais em sua producao poetica. Cre que a vida, cotidiana e rotineira, com todas as contradicoes materializadas na existencia humana, ainda e a unica materia de onde pode ser extraida aquilo a que chamamos poesia. Contribuiu para o Jornal Brasil de Fato e revistas Mundo & Missao, Missoes e Le Monde Diplomatique Brasil. Criou e administra o blog Versos na linha do tempo e esta com o livro Revelações do abismo no prelo.


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Poesia
Uma trincheira entre o mar e os paralelepípedos
Dividido em seis distintas partes, basicamente ordenadas pelo próprio cotidiano e o esgarçar da vida atuam dentro daquilo que se denomina por novíssima literatura brasileira marcada pela presença dos elementos do cotidiano, abandono da pesquisa antropológica, produção individual, bem como a circulação em circuitos menores que abandonam, negam e debocham da “Sagração Acadêmica”, centrando-se no correr da própria vida, das relações e circunstancias. São os espólios do cotidiano, assinalados pelo próprio autor que se fazem presentes nas páginas a seguir: escrever e ser lido torna-se a experiência performática, o lançamento ao mundo, a sedimentação lírica da vida moderna que se projeta, se debate e se quer contínua. Já diziam os marujos que tatuavam andorinhas a cada mil léguas percorridas: al mare!

