
Metáforas do tempo: a grande noite
Talvez a vida seja curta ou longa demais; e sua linearidade fria comece a se confundir, daí onde era metal e pedra, surge, raízes, ramos e bulbos. Das certezas ao vácuo. Assim se reconfigura aquilo que chamamos de realidade e se reconfigura, formando uma nova teia de sentido. De repente, o que tanto prezávamos se esvai e o sentimento de perda se conforta ao nosso lado.
Qual a novidade?
AUTOR : Pedro da Mota Pereira
Categoria : Poesia
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SOBRE AUTOR
Pedro da Mota Pereira
No dia 19 de junho de 1974, em meio à tristeza da retumbante derrota da seleção canarinho, depois do estrondoso tricampeonato em 70, Pedro da Mota Pereira, nasceu. De parto prematuro de tombo que sua mãe levou. Com seus 15 meses, em visita aos tios, na velha Januária, cidade de seus sonhos (e da melhor cachaça do Brasil!), nas barrancas do velho Chico, uma siriema pousou em sua cabeça e em meio aos “Louvado seja Deus” de sua mãe, a siriema poupou-lhe a moleira de suas garras, mas deixou-lhe um presente: a degenerada defecou no pequeno.
Depois de todo esse azar, Pedro cresceu. Aprendeu ler antes da escola, pois ouvira falar que com isso se daria bem com as meninas. Não funcionou! Aprendeu violão, não funcionou! Fez História na USP. Também não funcionou. Começou a escrever. Mal sucedido em tudo, enganou uma jovem pela internet e com ela se casou, tem três filhos lindos e agora escreve para entender o que é a vida; o que poderá escrever em seu epitáfio? A siriema fertilizou-lhe a mente? São incógnitas que, talvez, seus versos ajudem a explicar. Ou não.


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Poesia
Metáforas do tempo: a grande noite
A obra de Pedro da Mota Pereira, Metáforas do tempo: a grande noite, está prenhe dessas questões, porém não pretende respondê-las. Por vezes as amplificam até torná-las insuportáveis. Cumpre assim um dos destinos da arte: ir contra a reificação humana.

